
Nos últimos dias, a cidade do Rio de Janeiro tem vivido um verdadeiro caos, refletido no assustador aumento dos roubos de veículos. Entre os dias 30 de janeiro e 2 de fevereiro de 2025, foram registrados 827 roubos em todo o estado – uma média alarmante de 206 registros por dia. O Instituto de Segurança Pública (ISP) indicou que, em 2024, a média diária de roubos foi de 90, o que demonstra um crescimento exponencial da criminalidade em um curto período.
As áreas mais afetadas por essa onda de violência são as regiões do 20º BPM (Mesquita), do 7º BPM (São Gonçalo) e do 15º BPM (Duque de Caxias). Esse cenário caótico é resultado direto das represálias do crime organizado contra as operações policiais que visam o caixa das facções criminosas. Informações de inteligência da Polícia Militar do Rio de Janeiro indicam que lideranças do tráfico ordenaram uma série de roubos de veículos para “abalar a cúpula de segurança do estado”.
Em meio a essa crise, um menor apreendido por participar de um roubo de carro na Zona Norte revelou que recebeu ordens de um dos chefes do Comando Vermelho para liberar os roubos como forma de retaliação às operações em comunidades do Rio de Janeiro. Essa declaração traz à tona a organização e a ousadia dos criminosos, que não hesitam em desafiar as autoridades e espalhar o terror entre a população.
Um dos casos mais trágicos ocorreu nesta segunda-feira (3), quando Alexander de Araujo Carvalho, agente do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (DAGASE), foi baleado e morto durante um arrastão na Linha Amarela. Os criminosos fugiram com sua arma e dois veículos roubados. Apesar de um dos carros ter sido recuperado, o impacto dessa tragédia é irreparável. A Delegacia de Homicídios está investigando o caso.
Este é o retrato do Rio de Janeiro, um estado refém do crime organizado. Vivemos em uma realidade onde a polícia prende e, no mesmo dia, o criminoso é solto após uma audiência de custódia. Em um país onde os direitos dos bandidos parecem ser mais importantes que os da população trabalhadora e oprimida, nós, cidadãos de bem, nos vemos obrigados a viver atrás de grades para nos proteger.
A criminalidade ostenta seu poder com cordões de ouro, enquanto nós não podemos usar uma simples correntinha sem o medo constante de sermos roubados. A população é proibida de portar uma arma para se defender, enquanto os marginais estão armados até os dentes, prontos para nos roubar, nos oprimir e dominar nossas cidades.
Até quando seremos reféns dos bandidos do morro e dos bandidos de Brasília? Até quando aceitaremos passivamente essa situação? Está na hora de a população acordar e exigir mudanças reais e eficazes. Precisamos de um sistema de segurança que funcione de verdade, onde a justiça seja rápida e implacável com aqueles que ameaçam nossa paz e segurança.
Chegou a hora de dizer basta. Não podemos mais viver com medo em nossas próprias casas e cidades. A luta por um Rio de Janeiro e um Brasil mais seguros começa agora, com a união e o clamor da sociedade por uma vida digna, livre da violência e da opressão.